A manifestação se opõe a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o caso.
Cunha, alvo de três processos no Supremo por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras, já foi denunciado ao STF por Janot por causa desse inquérito. A PGR aponta que ele teria recebido mais de R$ 5 milhões em propinas em contratos da estatal em Benin, na África, que teriam abastecido as contas ilegais no país europeu.
Segundo os advogados de Danielle, o pedido feito por Janot para desmembrar os casos dificultaria a defesa por causa da "clara imbricação das condutas dos investigados". Na manifestação, a defesa da filha do parlamentar diz não haver como separar a análise da conduta atribuída a ela e à madrasta das práticas criminosas pelos quais seu pai já foi denunciado.
"O requerimento de desmembramento do feito em relação à ora requerente contrasta simultaneamente com a jurisprudência do STF e com a postura adotada pelo próprio PGR nos procedimentos investigativos e denúncias ofertadas no âmbito da mesma denominada Operação Lava Jato", alegam os advogados.
Ontem, os advogados da jornalista Cláudia Cruz, mulher de Cunha, apresentaram um pedido no mesmo sentido. Cláudia é apontada como titular de uma das contas da qual Danielle seria beneficiária. A conta em nome de Cláudia foi registrada no nome fantasia de Kopek e pagou gastos de cartão de crédito, academia de tênis na Flórida e cursos na Espanha e no Reino Unido.
Na semana passada, o peemedebista se tornou o primeiro réu no Supremo no âmbito da Lava Jato por causa do processo que investiga o recebimento de vantagens ilegais em contratos de compra de navios-sonda com a Petrobras.
Ontem, o ministro Teori Zavascki autorizou a abertura de um novo inquérito - desta vez, baseado em indícios de que o parlamentar teria recebido R$ 52 milhões em propina nas obras do Porto Maravilha..