"Funcionários do Instituto Luiz Inácio Lula da Silva não mais conseguem acesso aos seus e-mails, o que vem inviabilizando as atividades corriqueiras do requerente", alega a defesa no documento encaminhado à Justiça Federal no Paraná.
Segundo a defesa, a senha para acesso aos e-mails foi fornecida aos agentes da PF no dia da operação, que tinha entre as ordens judiciais a quebra de sigilo das mensagens eletrônicas de funcionários da entidade.
Chamada de Aletheia em referência à expressão grega "busca da verdade", a 24ª fase da Lava-Jato envolveu cerca de 200 policiais que cumpriram 33 mandados de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva - quando o investigado é levado para depor pela Polícia Federal -, incluindo o ex-presidente Lula, alvo principal da ação. As ordens foram cumpridas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia.
Nesta etapa da operação, os investigadores da Lava-Jato apuram as suspeitas de que o ex-presidente teria recebido propinas de empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção na Petrobras por meio de pagamentos ao Instituto e à empresa de palestra de Lula, LILS, e também por meio de obras feitas por empreiteiras investigadas em um tríplex no Guarujá (SP) e em um sítio em Atibaia (SP) frequentado pelo petista.
Procurada pela reportagem na manhã desta quarta-feira, a Polícia Federal no Paraná informou que ainda não foi notificada do pedido da defesa do instituto e que ainda não irá se manifestar sobre o episódio..