Os manifestantes, em sua maioria, estavam com o rosto coberto. As paredes da empresa foram pichadas com frases como "Não vai ter golpe", "Fora Globo" e "Globo e ditadura de mãos dadas - Fora".
Um vídeo feito durante a ocupação e publicado na página do jornal mostrava o grupo gritando a frase "O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo". Não foram registrados confrontos, de acordo com O Popular.
O jornal noticiou que, após o protesto, o grupo deixou a emissora escoltado pela Polícia Militar, que apenas acompanhou a manifestação. A reportagem do jornal
O Estado de S. Paulo
não conseguiu contato com representantes do MST.
Conforme nota divulgada por sua assessoria de imprensa, o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), manifestou repúdio ao episódio em discurso no plenário. O senador atribuiu o protesto ao que chamou de "apelo" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Estamos assistindo a esse crime sendo cometido por pessoas que se julgam acima da lei e que respondem ao apelo do chefe maior. Atacam a imprensa livre e afrontam a democracia.
O senador do DEM, conforme sua assessoria, demonstrou preocupação com o clima de instabilidade. "Se não agirmos com energia, qual a mensagem que estaremos mandando? Qual a garantia que estaremos dando às empresas do Brasil?", disse.
"Se trata de uma organização fundada por um ex-jornalista e ex-parlamentar (Jaime Câmara) que sempre teve postura imparcial e transparência. Essa agressão é uma agressão a toda a imprensa, afirmou.
ANJ
Em nota divulgada nesta quarta-feira, 9, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) repudiou a invasão pelo MST ao Grupo Jaime Câmara. Para a entidade, que representa os principais veículos de comunicação do País, o episódio foi um "ato criminoso próprio de grupos extremistas, incapazes de conviver em ambiente democrático."
A ANJ ressalta ainda que os jornais e demais meios de comunicação "não se deixarão pressionar por essas manifestações de intolerância e autoritarismo" e lamenta "que o vandalismo seja usado contra os meios de comunicação, que cumprem sua missão de informar a sociedade".
"Ao invadir e pichar o Grupo Jaime Câmara, buscando intimidar e constranger seu trabalho jornalístico, os integrantes do MST atingiram o direito dos cidadãos de serem livremente informados", diz a nota.
Além de criticar o ato, a associação disse aguardar que as autoridades identifiquem os responsáveis pelo caso para que sejam punidos na Justiça..