STF julga hoje perdão de pena de petistas condenados no mensalão

Em pauta, na sessão da Corte nesta quinta-feira o perdão das penas para o ex-tesoureiro Delúbio Soares e João Paulo Cunha

O ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (E) e o ex-tesoureiro Delúbio Soares podem ter as penas perdoadas na tarde desta quinta-feira - Foto: Luis Macedo/Agência Câmara /Crisitiano Borges/O Popular/ Estadão Conteúdo

Brasília - No momento em que as investigações da Operação Lava-Jato avançam em direção ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Supremo Tribunal Federal (STF) pode conceder o perdão da pena de dois petistas condenados do julgamento mensalão: Delúbio Soares e o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha.

Os casos do ex-tesoureiro e do ex-deputado do PT vão ser analisados pelo plenário da Corte nesta quinta-feira. Relator da ação penal 470, o ministro Luís Roberto Barroso poderia tomar essa decisão sozinho, mas resolveu levar o caso para ser debatido com seus pares.

Os dois petistas já cumprem a pena em casa. Delúbio Soares foi preso em novembro de 2013 e condenado a 6 anos e 8 meses de prisão. Já a condenação de João Paulo, de 6 anos e 4 meses, começou a ser cumprida em fevereiro de 2014.

Com base no decreto presidencial do indulto de Natal, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, recomendou em parecer ao STF o perdão para Delúbio, João Paulo e outros sete condenados no julgamento: os ex-deputados Roberto Jefferson (PTB-RJ), Valdemar Costa Neto (PR-SP), Romeu Queiroz (PMB-MG), Pedro Henry (PP-MT) e Bispo Rodrigues (PR), além do ex-diretor do Banco Rural Vinícius Samarane e do advogado Rogério Tolentino.

Esses outros casos não estão na pauta do Supremo desta quinta, mas também podem ser decididos porque a situação dos condenados é a mesma e o entendimento poderia ser aplicado a eles.

Em fevereiro, Barroso negou o perdão da pena do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Dirceu cumpria pena em regime aberto pelo mensalão quando voltou a ser preso no ano passado, por suspeita de envolvimento em desvios na Petrobras investigados pela Lava Jato..