Segundo o presidente do PSDB, a conversa teve a dimensão adequada para os dois partidos, que buscam uma solução para a crise política. "Talvez tenha sido o início de uma conversa que nós pretendemos continuar", afirmou. O senador, entretanto, não poupou o PMDB da pressão de deixar o governo e afirmou que o partido terá responsabilidade com os rumos do País.
"O que percebo é que o próprio PMDB sabe que o Brasil vive em ebulição e eles terão, amanhã, contas para prestar com a própria história", afirmou. Ainda de acordo com Aécio, setores do PMDB já sinalizam saída do governo. "Vejo setores importantes do PMDB já compreendendo que, mesmo com a solidariedade pessoal que possam ter à presidente, com ela não tem solução."
O jantar foi realizado na casa do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) e contou com a presença da cúpula do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), Renan e Romero Jucá (RR). Além de Aécio, também compareceram os tucanos Cássio Cunha Lima (PB), José Serra (SP), Antonio Anastasia (MG), Aloysio Nunes (SP) e o recém filiado Ricardo Ferraço (ES).
Apesar das impressões de Aécio sobre possível debandada do PMDB para a oposição ao governo, Renan tem adotado discurso mais ameno. Nesta manhã, o presidente do Senado afirmou que o PMDB deve ter muita responsabilidade com as sinalizações que pode transmitir durante a convenção nacional que será realizada no próximo sábado.