O texto defendeu que é dever do Congresso Nacional e dos partidos políticos "fortificar a governabilidade".
A CNBB afirma ainda que as "manifestações populares são um direito democrático que deve ser assegurado a todos pelo Estado", e, de acordo com o presidente da entidade, Dom Sergio da Rocha, "adversários políticos não podem se tornar inimigos".
O vice-presidente da CNBB, arcebispo Dom Murilo Krieger, afirmou que "há momentos em que as pessoas perdem o bom senso, querendo defender sua opinião de forma tão veemente que esquecem do respeito ao outro e, assim, ferem-se mutuamente". Na nota, os bispos do Conselho Permanente da CNBB sustentam que o momento "não é de acirrar ânimos".
Sem defender governo ou oposição, a CNBB se disse a favor da democracia e que "as suspeitas de corrupção devem ser rigorosamente apuradas". Para a entidade, a superação da crise passa pela recusa sistemática de toda e qualquer corrupção. Sobre a condução coercitiva do presidente Lula, limitou-se a dizer que "defende o que está dentro da legalidade", embora "não seja um procedimento normal, do dia a dia".
O bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, elogiou a atuação da Polícia Federal e do Ministério Público no combate às irregularidades. "São importantes para uma sociedade mais transparente e têm dado contribuições significativas. Vamos apoiar até o fim, senão não teremos justiça"..