O publicitário João Santana e a mulher dele, Mônica Moura, ficaram em silêncio ao depor nesta quinta-feira na sede da Polícia Federal, em Curitiba. O casal é investigado na Operação Lava-Jato por suspeita de receber dinheiro do esquema de corrupção na Petrobras.
Durante o interrogatório, o publicitário se manifestou apenas para negar que tenha sido o responsável pela exclusão de sua conta no Dropbox, um serviço de armazenamento de arquivos na nuvem. A eliminação da conta fora interpretada por Moro como indício de tentativa de obstrução da investigação e motivou a prisão preventiva do casal.
Em fevereiro, ao serem presos, Santana e Mônica admitiram ter uma conta bancária não declarada fora do Brasil. Segundo o casal, no saldo estavam depositados pagamentos referentes a campanhas políticas feitas no exterior. Dentre esses pagamentos, figuravam US$ 3 milhões de offshores ligadas à empresa Odebrecht e US$ 4,5 milhões de Zwi Skornicki, apontado pelas investigações como um dos principais operadores do esquema de corrupção na Petrobras.
João Santana foi marqueteiro da campanha de reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006, e das duas campanhas da presidenta Dilma Rousseff.
Com Agência Brasil