26 de outubro de 2014 — Doleiro acusa Lula de pagar empresa
Em outubro de 2014, o nome do ex-presidente Lula é, pela primeira vez, relacionado ao escândalo de corrupção na Petrobras. Durante acordo de delação premiada com a Justiça Federal, o doleiro Alberto Youssef afirma que, em 2010, Lula ordenou a Sérgio Gabrielli, então presidente da estatal petrolífera, que fizesse pagamento a uma empresa de publicidade envolvida nas investigações.
10 de junho de 2015 — Doação suspeita ao Instituto Lula
Oito meses após o depoimento do doleiro Alberto Youssef, investigações da Polícia Federal relacionam pela primeira vez o nome do ex-presidente Lula às empresas envolvidas no Petrolão. A PF identifica o pagamento de R$ 3 milhões ao Instituto Lula e outros R$ 1,5 milhão à Lils Palestras Eventos e Publicidade — empresa do ex-presidente — pela construtora Camargo Corrêa. Os valores estavam identificados no balanço interno da empreiteira.
16 de outubro de 2015 — Lula depõe no MP
Durante cerca de duas horas e meia, o ex-presidente Lula, de forma voluntária, presta depoimento no Ministério Público Federal referente a viagens internacionais feitas por ele e bancadas pela Odebrecht, então presidida por Marcelo Odebrecht. O MP investiga se Lula praticou tráfico de influência internacional para beneficiar empreiteiras como em empréstimos no exterior concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
27 de outubro de 2015 — Negócios do filho
Além do próprio ex-presidente, o nome de seu filho Luís Cláudio Lula da Silva passa a ser vinculado a operações da Polícia Federal, no caso a Zelotes. A investigação da PF aponta para o esquema de compra de medidas provisórias durante o governo Lula e que seu filho recebeu parte da propina paga por montadoras via três empresas, duas de marketing esportivo e em uma no nome da nora do ex-presidente.
12 de dezembro de 2015 — Intimação
Antes da condução coercitiva realizada no início de março, o ex-presidente é intimado a depor na sede da Polícia Federal em Brasília, no caso, para a Operação Zelotes. O ex-presidente assina, em 2009 e 2010, medidas provisorias suspeitas de terem sido compradas por montadoras de veículos. É a segunda vez que Lula depõe em menos de dois meses.
7 de janeiro de 2016 — Lula presta depoimento na PF
Quase um mês após ser intimado, o ex-presidente Lula presta depoimento na Polícia Federal sobre o caso de compra de medidas provisórias envolvendo representantes de montadoras de automóveis, servidores públicos, políticos e seu filho Luis Cláudio Lula da Silva.
30 de janeiro de 2016 — Esclarecimentos como investigado
Agora como principal investigado, o ex-presidente e a mulher, Marisa Letícia, são intimados pelo Ministério Público de São Paulo a depor. O órgão suspeita de lavagem de dinheiro praticada pelo casal na aquisição de um tríplex no Guarujá (SP). O apartamento também é alvo da 22ª fase da Lava-Jato.
3 de março de 2016 — Delação aponta para Lula
Suposta delação premiada feita pelo senador Delcídio do Amaral aponta para a presidente Dilma e o ex-presidente Lula. De acordo com a revista Istoé, o senador afirmou que Lula foi o mandante da tentativa de compra do silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. O objetivo da ação era proteger José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente. O Instituto Lula nega as acusações feitas por Delcídio do Amaral.
4 de março de 2016 — Lula é levado para depor
A PF coloca de vez Lula como alvo da operação Lava-Jato. A PF conduz Lula coercitivamente para prestar depoimento sobre os casos de corrupção na Petrobras. O Ministério Público Federal no Paraná afirma que o ex-presidente foi um dos principais beneficiários Petrolão e usou os desvios para financiar campanhas políticas de seus aliados, além de enriquecer ilicitamente..