O próprio PMDB não é monolítico neste debate. Principal aliado do Planalto, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), é contra o impeachment da presidente, por achar que não existem, ainda, elementos jurídicos que comprovem o crime de responsabilidade de Dilma Rousseff. Mas defende a aceleração da tramitação do projeto que propõe a troca do sistema de governo de presidencialismo para parlamentarismo.
Líder da bancada, o senador Eunício Oliveira (CE) não é tão governista como Renan, mas mantém o tom de cautela sobre as mudanças políticas. “Não fechamos nada, conversamos sobre cenários.
Futuro vice-presidente do PMDB, o senador Romero Jucá é o mais contundente defensor de um afastamento em relação à administração petista. “O governo enfrenta muitas dificuldades, não há dúvidas. O mais recente equívoco foi a nomeação desastrada do ministro da Justiça (Wellington César Lima e Silva), que acabou derrubada pelo Supremo Tribunal Federal (STF)”, disse o peemedebista.
Questão de tempo
O PMDB vai manter as conversas com a oposição e os líderes do partido devem procurar, nas próximas semanas, o DEM. Um tucano que participou do encontro lembra que é apenas uma questão de tempo para que as diversas tendências do PMDB se unam. “Eles sabem que qualquer solução para esse atual momento passa pelo PMDB. Não vão perder a oportunidade que têm pela frente por disputas internas”, disse o senador tucano..