Em café da manhã com parlamentares em um hotel da capital, na manhã desta sexta-feira, o presidente da Câmara de Belo Horizonte, Wellington Magalhães (PTN), disse que os vereadores não serão alijados da sucessão municipal. A declaração de Magalhães é uma crítica implícita às iniciativas do PSDB, do PP e do PSB para a escolha de um candidato único para concorrer à Prefeitura de Belo Horizonte. Representantes dessas legendas têm buscado uma candidatura de consenso entre seis pré-candidatos do grupo político que hoje dá sustentação ao governo de Marcio Lacerda (PSB). Já foram realizadas neste mês duas reuniões, em BH, na casa do ex-presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais Dinis Pinheiro (PP).
Recém-filiado ao PR, o deputado federal e pré-candidato Marcelo Álvaro Antônio discursou: "Chega de gente vinda do Rio e interior para decidir o que a capital quer. Quem vai decidir é o povo de BH". Anunciando que o futuro prefeito de Belo Horizonte sairá daquela "sala", o deputado federal Luís Tibé (PTdoB) fez coro com Marcelo Álvaro Antônio: "Não aguentamos mais candidaturas impostas".
O grupo de influência de Wellington Magalhães abrange nove legendas, ainda não comprometidas com a sucessão da Prefeitura de Belo Horizonte. São elas o PTN, o PSDC, o PSC, o PR, o PSD, o SD,o PSL, o PRB e o PTdoB. Participam da reunião além desses representantes partidários, cerca de 30 vereadores, de um total de 41 da Câmara de Belo Horizonte, muitos deles, como as bancadas do PT e do PCdoB, "dispostos a ouvir" as propostas. Também estão presentes os deputados federais Laudivio Carvalho (SD), Marcelo Alvaro Antônio (PR), Diego Andrade (PSD) e Luís Tibet (PTdoB).
Wellington Magalhães articula o apoio de pequenos partidos para o lançamento de uma candidatura alternativa à polarização entre os grrupos PSDB/PSB e PT/PMDB.