Pimenta considera que a denúncia apresentada pelo MP paulista é uma peça de ficção, motivo de piada na imprensa internacional pela fragilidade dos argumentos e pela parcialidade dos promotores, que não teriam "condições de exercer suas funções de maneira republicana". "O pedido de prisão do presidente Lula é quase uma provocação de parte de um promotor que não é o promotor natural do caso", afirmou. Para o petista, os promotores paulistas querem seus "15 minutos de fama".
O petista acusou os promotores Cássio Conserino, José Carlos Blat e Fernando Henrique Araujo de terem agido de forma coordenada com os organizadores dos atos marcados para domingo para colocar "lenha na fogueira" e ressaltou que os militantes de esquerda também pretendem ir às ruas no mesmo dia. "Ninguém vai nos expulsar da rua. Não vamos nos intimidar", avisou o deputado, ressaltando que a orientação é para que a militância evite o confronto. No Rio Grande do Sul, por exemplo, Pimenta informou que haverá um "coxinhaço", um churrasco de coxas de frango, em um parque de Porto Alegre.
O deputado cobrou que o Supremo Tribunal Federal (STF) se manifeste o quanto antes sobre a quem cabe a condução da ação contra o ex-presidente, se o caso deve ficar em Curitiba ou São Paulo. Ele avalia que a situação gera um clima de insegurança jurídica.
Perseguição
Em nota divulgada na manhã desta sexta, o líder da bancada, Afonso Florence (BA), disse que o pedido de prisão de Lula busca "calar a maior liderança popular da história política brasileira". "Da busca malograda de pistas, os promotores descambaram para a pura perseguição política", afirma Florence.
O líder enfatizou que o partido se posicionará "incondicionalmente" na defesa da liberdade política de seu fundador. "As 'justificativas' apresentadas pelos promotores se restringem a opiniões políticas, improcedentes à peça jurídica. Todos os defensores do devido processo legal e da liberdade de opinião política encontram na referida peça improcedência manifesta", lembrou..