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Estado de Minas

Promotor deve ser 'corresponsável' se houver violência no domingo, diz Pimenta

Vice-líder da bancada do PT na Câmara, Paulo Pimenta, disse que os promotores do Ministério Público de São Paulo agem em um momento conturbado para acirrar os ânimos


postado em 11/03/2016 13:07 / atualizado em 11/03/2016 13:20

Brasília - O vice-líder da bancada do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), condenou nesta sexta-feira, o pedido de decretação da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Ministério Público de São Paulo e disse que os promotores agem num momento político conturbado para ampliar o clima de acirramento às vésperas das manifestações de domingo, 13. "Ele (Cássio Conserino) deve ser considerado 'corresponsável' por qualquer coisa mais grave que venha a ocorrer no País por conta dessa conduta imatura e irresponsável", declarou o parlamentar no período da manhã.

Pimenta considera que a denúncia apresentada pelo MP paulista é uma peça de ficção, motivo de piada na imprensa internacional pela fragilidade dos argumentos e pela parcialidade dos promotores, que não teriam "condições de exercer suas funções de maneira republicana". "O pedido de prisão do presidente Lula é quase uma provocação de parte de um promotor que não é o promotor natural do caso", afirmou. Para o petista, os promotores paulistas querem seus "15 minutos de fama".

O petista acusou os promotores Cássio Conserino, José Carlos Blat e Fernando Henrique Araujo de terem agido de forma coordenada com os organizadores dos atos marcados para domingo para colocar "lenha na fogueira" e ressaltou que os militantes de esquerda também pretendem ir às ruas no mesmo dia. "Ninguém vai nos expulsar da rua. Não vamos nos intimidar", avisou o deputado, ressaltando que a orientação é para que a militância evite o confronto. No Rio Grande do Sul, por exemplo, Pimenta informou que haverá um "coxinhaço", um churrasco de coxas de frango, em um parque de Porto Alegre.

O deputado cobrou que o Supremo Tribunal Federal (STF) se manifeste o quanto antes sobre a quem cabe a condução da ação contra o ex-presidente, se o caso deve ficar em Curitiba ou São Paulo. Ele avalia que a situação gera um clima de insegurança jurídica. "Queremos que o STF se manifeste. Não podem continuar nessa situação", insistiu. Ele disse que o partido espera que a juíza de São Paulo se manifeste com "serenidade" sobre o pedido dos promotores paulistas.

Perseguição

Em nota divulgada na manhã desta sexta, o líder da bancada, Afonso Florence (BA), disse que o pedido de prisão de Lula busca "calar a maior liderança popular da história política brasileira". "Da busca malograda de pistas, os promotores descambaram para a pura perseguição política", afirma Florence.

O líder enfatizou que o partido se posicionará "incondicionalmente" na defesa da liberdade política de seu fundador. "As 'justificativas' apresentadas pelos promotores se restringem a opiniões políticas, improcedentes à peça jurídica. Todos os defensores do devido processo legal e da liberdade de opinião política encontram na referida peça improcedência manifesta", lembrou.


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