Na terça-feira, Bumlai foi levado para o Hospital Vera Cruz, em Curitiba, para uma bateria de exames médicos. O juiz federal Sérgio Moro havia determinado que o pecuarista fosse submetido aos exames depois que os advogados de defesa pediram autorização para novo deslocamento de Bumlai para o hospital alegando que ele havia sofrido sangramento de urina na carceragem da Polícia Federal. Bumlai teve alta nesta sexta-feira, 11.
Segundo a defesa de Bumlai, em petição ao juiz Moro, antes de ser preso preventivamente na Lava Jato, Bumlai “estava realizando acompanhamento médico regular em virtude de diversos problemas de saúde diagnosticados nos últimos anos, entre eles o glaucoma". “Além de confirmar tal informação, no último dia 11 de janeiro, o médico da família indicou a extrema necessidade de realização de exames para investigar o episódio de sangramento de urina ocorrido na carceragem da Polícia Federal de Curitiba, bem como a necessidade de realização de fisioterapia para tratar a osteoartrose", assinalam os defensores.
Na ocasião, os advogados do pecuarista revelaram detalhes sobre as complicações que afligem Bumlai e sua família. “Nos últimos dias tem apresentado novamente sintomas de prurido, irritação e baixa acuidade visual. Sinais que, considerando o histórico médico, indicam a probabilidade de novo quadro de glaucoma.
Na autorização, o juiz Moro anotou que no dia 11 de janeiro já havia permitido o deslocamento de Bumlai ao Hospital Santa Cruz para que realizasse exames “devido a episódio de sangramento na urina recorrente desde antes de sua prisão".
“Havendo recomendação médica, não cabe a este Juízo valorar a pertinência ou não da realização dos exames. Observo, no entanto, que o problema do trato urinário não é recente, tendo ocorrido sangramento antes mesmo da efetivação da prisão, sem que o custodiado tenha se submetido de pronto a tratamento."
O pecuarista é acusado de ter tomado empréstimo fraudulento de R$ 12 milhões em outubro de 2004 junto ao Banco Schahin - em troca, o Grupo Schahin foi contratado para operar sondas na Petrobras ao preço de US$ 1,6 bilhão, em 2009, no governo Lula..