Segundo a PGR, o pedido teve origem com base na delação premiada de Carlos Alexandre de Souza Rocha, o Ceará. O inquérito vai investigar valores provenientes de propinas do esquema que teriam sido repassados ao presidente do Senado. A intenção é averiguar se houve crime de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
Ceará era um dos entregadores de dinheiro de Alberto Youssef. Na delação, ele cita conversas em que o doleiro mencionou pagamentos a Renan. Em uma delas, Youssef teria dito que repassaria R$ 2 milhões ao peemedebista para evitar a instalação de uma CPI da Petrobras.
O entregador de dinheiro não soube precisar aos investigadores o ano em que a conversa teria ocorrido, tampouco se o pagamento foi feito. De acordo com ele, a CPI não foi instalada naquela ocasião.
Em seu depoimento, o entregador de dinheiro de Youssef também mencionou uma operação com entrega de R$ 1 milhão em Maceió, capital do Estado de Renan. Depois de toda a operação, que envolvia retirada de dinheiro no Recife (PE) e entrega em Alagoas, Youssef teria dito a Ceará que o dinheiro seria destinado ao senador peemedebista.
A terceira menção a Renan feita pelo delator menciona uma operação de venda da empresa Marsans, adquirida por Youssef, a um fundo de pensão. De acordo com o entregador de dinheiro de Youssef, o doleiro disse que "havia a participação de Renan Calheiros nessa operação".
Procurada, a assessoria de imprensa do senador diz que é "zero a chance" de ele "ter participado ou cometido irregularidades". Renan também reafirmou que não conhece nem Youssef nem a pessoa "denominada como Ceará"..