O encontro ocorre na véspera da Convenção Nacional do PMDB, prevista para este sábado, que deverá reconduzir o vice-presidente da República, Michel Temer, ao comando do partido, posto que ocupa desde 2001.
"Vou instalar a comissão do impeachment no dia seguinte à decisão do STF" disse Cunha no evento para alguns dos presentes.
Os ministros do STF se reúnem na próxima quarta-feira (16) para analisar os recursos contra decisão da Corte, que alterou o rito do impeachment no Congresso Nacional.
Nas conversas com peemedebistas, Eduardo Cunha também considerou como um "tiro no pé" a iniciativa do Palácio do Planalto em recorrer à Suprema Corte após a Câmara ter estabelecido um rito para o processo de afastamento da presidente Dilma que acabou sendo reformado pelo STF.
"Eles poderiam ter acabado com isso logo na comissão especial. Esperaram a crise aumentar e a situação se deteriorar. Foi um tiro no pé", avaliou Cunha.
Nas conversas com os peemedebistas, o presidente da Câmara ressaltou que não dará entrevistas após ser instalada a comissão especial do impeachment para "não contaminar o processo".
Em uma outra mesa do evento, o vice-presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RR), também fazia análise sobre o momento atual do governo no Senado e no Congresso. "A coisa está muito ruim. Eu já avisei ao José Pimentel (líder do governo no Congresso) e ao Humberto Costa (líder do governo no Senado) de que, se não segurar o processo de impeachment na Câmara, já era", ressaltou.
Nas rodinhas dos peemedebistas, a avaliação corriqueira é de que uma vez instaurado o processo de afastamento de Dilma, o "destino dela" estará selado em até 45 dias.
No jantar, também virou motivo de piada a iniciativa da presidente Dilma em convocar a imprensa no dia para dizer que não vai renunciar. "Ninguém perguntou para ela. Ela só reforça o tema.