"O governo tem que se colocar e tomar providências. O governo vive hoje um momento de extrema dificuldade. Os quadros têm se agravado, os problemas têm crescido", afirmou Jucá, que, nos bastidores, participou das conversas que decidiram pelo desembarque gradual do governo, em um prazo de 30 dias.
"Até 30 dias, vamos avaliar o quadro e, a partir daí, tomar uma decisão pela grande maioria do partido e deverá ser seguida pelos membros. Até lá, é difícil antecipar qualquer posição. Preferimos agir com cautela, responsabilidade, dando um passo firme de cada vez, mas em direção de um futuro melhor", afirmou Jucá.
O senador eximiu seu partido de culpa pela crise. "Não cabe ao PMDB comandar o País. O PMDB está numa aliança, participa do governo, através dessa participação procura ajudar.
O senador afirmou que, a partir desta convenção, a postura do partido mudará. "A partir de agora, com essas nova comissão executiva, vai marcar de forma clara, transparente, o posicionamento do partido sobre cada questão. Em alguns pontos concordando com o governo, em outros, discordando claramente do governo, colocando os argumentos e colocando o que a gente pensa", afirmou Jucá.
Delcídio
Apontado em reportagem da revista IstoÉ como um dos parlamentares citados na delação premiada do senador Delcídio Amaral (PT-MS), Romero Jucá pediu cautela e disse desconhecer o conteúdo do depoimento.
"Tenho que aguardar o que Delcídio disse. Queremos saber o tipo de citação. Pode ser sobre trabalho, sobre relação pessoal", afirmou Jucá.
"O PMDB está muito tranquilo", disse o senador. "Pessoalmente, nunca tive nenhuma
relação mais próxima do Delcídio. Não tratei de nenhum assunto com Delcídio sobre qualquer questão que está ali naquelas matérias", disse Jucá, defendendo que "qualquer dúvida deve ser investigada"..