Os protestos contra o governo marcados para este domingo (13) devem ocorrer em pelo menos 110 cidades do País, em 23 Estados e no Distrito Federal, de acordo com o Movimento Brasil Livre (MBL), um dos organizadores das manifestações. São Paulo concentrará a maior parte dos protestos, com pelo menos 28 cidades. Na sequência estão Paraná, com 13, e Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, cada um com 9 cidades. São esperadas manifestações também em Londres, na Inglaterra, em frente à Embaixada do Brasil.
No geral, a expectativa é que os encontros deste domingo superem os registrados em 15 de março do ano passado, quando só a Avenida Paulista, em São Paulo, por exemplo, registrou em torno de 1 milhão de pessoas, segundo os organizadores.
Neste ano, os protestos ganharam adesão também de entidades empresariais e profissionais, que estão convocando associados para a manifestação. A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) marcou uma concentração na Avenida Paulista a partir de meio-dia. Já o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, enviou vídeo a associados chamando para o ato. A Fiesp até marcou, para as 14h, uma apresentação musical em frente à sede da entidade, com uma banda que toca clássicos do Beatles.
O Sindicato das Empresas de Compra, Venda e Locação de Imóveis de São Paulo (Secovi-SP) também fez uma convocação para "mudar o Brasil". Outro envolvido é o comércio. As redes de alimentação Habib's e Ragazzo (do mesmo grupo) lançaram a campanha "Fome de mudança", convocando seus clientes a participar da manifestação.
Do lado político, há expectativa quanto à presença de importantes nomes da oposição. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, comentou, no último dia 10, que cogita participar das manifestações "como cidadão". Os senadores Ronaldo Caiado (DEM-GO), Aloysio Nunes (PSDB-SP), José Serra (PSDB-SP) e os deputados Mendonça Filho (DEM-PE), Carlos Sampaio (PSDB-SP), Paulinho da Força (SDD-SP), e Antonio Imbassahy, líder do PSDB na Câmara, estarão presentes. O senador Aécio Neves, presidente do PSDB, disse que participará, mas não especificou onde. O único partido que contará com carros de som na manifestação será o Solidariedade, que já esteve nas manifestações anteriores.
A favor
Manifestações em defesa da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também devem ocorrer neste domingo, apesar de apelos de grupos a favor do governo para que não saiam às ruas, dada a possibilidade de confrontos. Ao menos Porto Alegre, Vitória, Recife e Fortaleza mantiveram a programação e devem ter atos pró-PT.
Em São Paulo, o ato que havia sido marcado para ocorrer na Praça Roosevelt, na região central da cidade, foi adiado para o próximo domingo, 20. A decisão foi tomada pela Juventude do PT, a União Nacional dos Estudantes (UNE) e outros movimentos sociais.