A deliberação, segundo dirigentes do partido, passa a valer a partir de hoje e tem validade até que o diretório se reúna para tomar uma decisão definitiva.
Inicialmente, o ex-ministro da Pasta Eliseu Padilha (RS) anunciou Lopes como "futuro ministro" e chegou a dizer na convenção que todas as moções deveriam ser aprovadas nos próximos 30 dias, mas lideranças do PMDB confirmam nos bastidores que o impedimento para assumir novos cargos vale desde já.
O vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, entrou em contato com o diretório mineiro do PMDB para acordar a validade imediata da restrição. O ex-ministro Moreira Franco, presidente da Fundação Ulysses Guimarães, ligada ao PMDB, confirmou o veto a Mauro Lopes.
"Enquanto corre o prazo, nesse período, por precaução, por afirmação, a convenção aprovou uma outra moção, de que nenhum companheiro pode assumir um cargo no governo até o diretório nacional tomar a posição definitiva. É importante que se intente que a posição definitiva a ser tomada pelo diretório será cumprida, o que significa que, se votar o diretório pelo rompimento com o governo, os companheiros que têm cargos no governo vão ter que deixar esses cargos. Se não, terão que sair do PMDB."
Moreira Franco disse que a decisão "não é contra" Mauro Lopes, mas confirmou que ele não poderá assumir a SAC, como era previsto.