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Estado de Minas

Oposição engrossa o coro da manifestação contra Dilma e PT em BH

Líderes do PSDB, entre eles, Aécio Neves, comparecem à Praça da Liberdade e pedem o fim imediato do governo. Para o senador, Dilma não tem mais condições de governar


postado em 14/03/2016 06:00 / atualizado em 14/03/2016 07:49

Tucano é cercado e ovacionado em BH por manifestantes aos gritos de:
Tucano é cercado e ovacionado em BH por manifestantes aos gritos de: "Aécio, guerreiro, orgulho brasileiro" (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

Principal nome da oposição em Minas Gerais, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, foi à Praça da Liberdade nesse domingo (13) pedir a saída da presidente Dilma Rousseff (PT) do governo, seja por impeachment, renúncia ou cassação da chapa pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Acompanhado de outros políticos mineiros, o tucano chamou a manifestação de “festa da cidadania” e disse que se junta aos mineiros e brasileiros para dizer que “basta! O Brasil merece algo melhor”. Mais tarde, o tucano foi a São Paulo, encontrar o companheiro de legenda, governador Geraldo Alckmin.

Segundo o senador, Dilma não tem mais condições de fazer o Brasil crescer, nem de voltar a gerar empregos ou fazer a esperança voltar a habitar os lares brasileiros. Sobre como Dilma deveria deixar o poder, Aécio disse que sempre defendeu uma decisão via TSE, por permitir mais legitimidade ao governo que a sucederia. “Mas, hoje, qualquer saída sem a presidente, dentro da Constituição, é melhor do que estender este calvário do povo por mais alguns anos”, afirmou.

Aécio foi recebido na Praça da Liberdade aos gritos de “Aécio, guerreiro, orgulho brasileiro” e, durante a pequena caminhada que fez na praça, várias pessoas o abordaram pedindo fotos. “Basta de tanto desgoverno, de tanto descompromisso com a verdade. E essa é a beleza da democracia, em paz, em harmonia. As pessoas vieram para as ruas dizer que o Brasil merece algo melhor e nós vamos buscar a saída para esse impasse por meio daquilo que a Constituição determina”, afirmou. Questionado sobre a possibilidade de o Brasil adotar o parlamentarismo, Aécio disse ser favorável ao regime, mas que este não é o momento. “Começa a ser discutido, mas vejo essa como uma alternativa a partir de 2018. Não há como você implementar, em um momento de crise como esse, um regime que amanhã pode se fragilizar exatamente por essa razão.”

Insustentável

O senador Antonio Anastasia (PSDB), que acompanhou Aécio no protesto, comemorou o que chamou de mobilização imensa. “Já havia expectativa de uma grande movimentação, porque, de fato, a situação chegou a um ponto insustentável. As pessoas estão se manifestando o que é muito democrático e bom. É um clima pacífico, de muito civismo e cidadania”, disse.

O presidente do PSDB de Minas Gerais, deputado Domingos Sávio, disse que o PT trouxe um covil de bandidos para dirigir o país e que há motivos suficientes no campo jurídico, além da não governança, para o afastamento da presidente Dilma. O colega de bancada na Câmara, Paulo Abi Ackel (PSDB), disse que a presença dos políticos dá mais musculatura aos protestos e que espera que, com o resultado das manifestações, em 45 dias, a Câmara vote o pedido de impeachment.


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