No depoimento Lula fala sobre as palestras que o ex-presidente concedeu após deixar o Palácio do Planalto e a ligação com um sítio em Atibaia, interior paulista. Também foram alvo de questionamentos, a relação de Lula com o apartamento tríplex no Guarujá, no litoral de São Paulo, e os bens que Lula recebeu nos dois mandatos na presidência do país, que devem ser mantidos por ele como acervo histórico.
De acordo com o Ministtério Público Federal recebeu de empreiteiras, investigadas na Lava-Jato, R$ 20 milhões em doações e que a LILS Palestras, de propriedade do ex-presidente, recebeu R$ 10 milhões. Investigadores querem saber se os recursos vieram de desvios da Petrobras e se foram usados de forma lícita. Parte do dinheiro foi transferido do Instituto Lula para empresas de filhos do ex-presidente, e o MPF apura se os serviços foram de fato prestados.
Após ser liberado pela Polícia Federal, em pronunciamento na sede do diretório do PT, em São Paulo, Lula protestou contra a forma com que foi levado para dar esclarecimentos. O ex-presidente foi levado de sua casa, em São Bernardo do Campo, na região do Grande ABC, sob um mandado de condução coercitiva. Lula argumentou durante o pronunciamento que já havia atendido a intimações anteriores da Polícia Federal e que, portanto, não precisava ser conduzido "debaixo de vara".
Além da condução coercitiva, foram expedidos mandados de busca em diversos endereços do ex-presidente, como parte da 24ª fase da Operação Lava-Jato.