O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já avisou que retomará essa semana o trâmite do afastamento, assim que for concluído - na quarta-feira - o julgamento dos embargos de declaração pelo Supremo Tribunal Federal (STF) do rito do impeachment.
"A influência será direta, junto aos parlamentares e, com certeza, agora, o impeachment está mais próximo do que nunca", disse em nota o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR).
Líder da oposição no Senado, José Agripino (DEM-RN), também acredita que o volume de manifestantes nas ruas vai atingir os partidos que compõem a base aliada do governo para se conquistar os 342 votos necessários no plenário da Câmara para autorizar o andamento do impeachment.
"O impacto da manifestação deste domingo é político e vai falar alto aos partidos da base do governo para sensibilizá-los quanto a necessidade de completarmos os 342 votos necessários para autorizar o processo de impeachment no Congresso", afirmou Agripino, também por nota.
Lula ministro
Bueno criticou a possibilidade do ex-presidente assumir uma pasta no governo e disse que isso acontecer será um "escárnio". Se confirmado, afirmou Bueno, será "um abraço de afogados dele com a presidente". Para sair da crise política, Agripino defendeu uma "conjugação de forças" para fazer as reformas estruturais.
"Ninguém pense que vamos sair desse imbróglio que o governo do PT nos colocou sem fazermos as reformas estruturais necessárias. A conjugação de forças se faz urgente e a luz do túnel só aparece quando focamos as reformas estruturais", disse..