O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), afirmou nesta segunda-feira, 14, em plenário que a adoção do semiparlamentarismo é um arranjo que deixa de fora a sociedade da decisão sobre quem vai comandar o País. O tucano disse que não vai aceitar "esse tipo de manobra". O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), articula a votação de uma proposta que reduziria os poderes da petista em governar, mas mantendo-a na Presidência.
Uma das soluções endossadas por Renan seria dar ao vice-presidente Michel Temer o cargo de primeiro-ministro, ou seja, aquele que teria como atribuição gerir a máquina pública.
Em aparte, o senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) concordou com o tucano. Ele disse que não se pode ter soluções dessa ordem, sob pena de os políticos serem ainda mais penalizados pela população.
O líder do PSDB disse que essa saída vai agravar ainda mais a crise. Um dos maiores defensores de novas eleições, o tucano disse que, em uma democracia doente como a brasileira, "só o voto cura". "Há, sim, tempo hábil, diante das provas que já lá se encontram, para que o TSE julgue, digamos, até julho deste ano, a chapa ou o processo e viabilize a eleição em outubro deste ano, permitindo que todo e qualquer candidato que deseje disputar possa fazê-lo. Se tira uma prova dos nove, acaba com qualquer discurso de postura antidemocrática, porque eu estou defendendo essa nova eleição há muito tempo", defendeu.