A cúpula do PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deve assumir um ministério no governo Dilma, insistem na necessidade de usar um terço dos US$ 372 bilhões das reservas internacionais para a criação de um Fundo Nacional de Desenvolvimento e Emprego. A proposta consta no Programa Nacional de Emergência aprovado pela cúpula do PT no dia 26 de fevereiro, mas Dilma e o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, sempre resistiram à ideia.
Em entrevista, Wagner garantiu que não tem "guinada" na política econômica. "Consertar a economia com o impeachment é o pior remédio", declarou o ministro, acrescentando que "impeachment não é remédio nem para crise econômica, nem para impopularidade".
Na entrevista, o ministro informou que a expectativa é de que até dia 30 de março seja concluída renegociação da dívida dos Estados e municípios, além das dívidas com o BNDES. O governo sinalizou que poderá alongar em 20 anos o pagamento da dívida dos Estados com a União e em 10 anos, com o banco de fomento, além de um desconto nas prestações dos próximos dois anos. "É para dar fôlego lá na ponta", disse ele, ao explicar que, além da renegociação das dívidas, o governo pretende dar prosseguimento a obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com objetivo de aumentar o emprego.