Capitalizados pelas manifestações de domingo passado – que levaram para as ruas 3,6 milhões de pessoas, segundo cálculos da Polícia Militar – os líderes da oposição à presidente Dilma Rousseff (PT) apontam três saídas para a petista: a renúncia, processo de impeachment na Câmara dos Deputados ou cassação do mandato pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A primeira opção a presidente já descartou na sexta-feira, dois dias antes do protesto. Em coletiva à imprensa, ela foi clara: “Não tenho cara de quem vai renunciar”. E disse que não sairá do cargo “sem motivo” que justifique o ato.
No campo jurídico, a presidente Dilma e o vice-presidente Michel Temer (PMDB-RJ) poderão perder os cargos para os quais foram eleitos em 2014 com 54,5 milhões de votos, caso os ministros do TSE acatem ação ajuizada pelo PSDB em que os tucanos acusam a chapa de abuso de poder econômico e político na campanha eleitoral. A expectativa é que a ação seja julgada ainda este ano. Nesse caso, é feita nova eleição. Se ficar para o ano que vem, a escolha do novo presidente é feita de forma indireta, pelo Congresso Nacional.