Para Quaquá, a nomeação de Lula é a única saída para Dilma se sustentar no cargo.
Segundo Quaquá, a chegada de Lula ao ministério é um indicativo de mudança no rumo da economia e de nova articulação política. Ele avalia que a mudança atrairá para o governo movimentos sociais, sindicalistas e simpatizantes do PT e outros partidos de esquerda para as manifestações do dia 18. Seu objetivo é fazer um contraponto aos protestos contra o governo e em defesa da Operação Lava Jato, ocorridos em todo o País no domingo, 13.
"A ida de Lula para o governo ajuda na mobilização. O que eu digo é 'Dilma, nos ajude a te ajudar'. A manifestação de domingo foi mais do mesmo.
"Lula no governo será capaz de barrar o golpe, mudar a política econômica, a articulação política. Só ele é capaz de mudar esse movimento contra o governo, que está muito forte", avaliou.
Quaquá afirmou que, se o impeachment avançar, as alianças do PT com o PMDB para as eleições municipais, como a que está firmada no Rio de Janeiro, terão que ser revistas.
Em convenção nacional, peemedebistas sinalizaram distanciamento do governo, proibiram filiados de assumirem cargos no Executivo federal e intensificaram o discurso de que o vice-presidente Michel Temer, presidente do PMDB, é a pessoa capaz de tirar o País da crise.
"Se houver uma cisão institucional no País, tudo tem que ser reavaliado. A presidente foi eleita, a institucionalidade tem que ser respeitada. Caso contrário, tudo vai mudar", afirmou Quaquá.
No Rio, o PT fechou apoio ao candidato do PMDB à sucessão do prefeito Eduardo Paes, o secretário de Coordenação de Governo, Pedro Paulo Carvalho Teixeira.
Apesar da fragilidade da candidatura de Pedro Paulo depois que se tornaram públicas as agressões à ex-mulher, ocorridas em 2008 e 2010, o PT-RJ decidiu manter a coalizão com o PMDB, que enfrenta resistência de petistas como o senador Lindbergh Farias. Pedro Paulo, que é deputado federal licenciado, responde a inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por lesão corporal.
Um grupo de petistas começa a discutir a formação de uma dissidência no partido, caso seja mantido o apoio a Pedro Paulo. A alternativa seria apoiar o pré-candidato do PSOL, deputado estadual Marcelo Freixo. Outra opção é o deputado federal Alessandro Molon, que trocou o PT pela Rede..