No termo de delação tornado público hoje mais cedo, Delcídio acusa o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, de sinalizar, "de maneira muito sutil, muito elegante", a exigência de doações para campanhas eleitorais como contrapartida para a aprovação de financiamentos do banco de fomento para grandes empresas.
Ainda conforme o termo de delação homologado, Delcídio alega no depoimento que soube das supostas pressões feitas por Coutinho "por alguns diretores de empresas que procuraram o BNDES".
Por outro lado, Delcídio pondera no depoimento que "os fatos relatados coincidem" com sua percepção sobre o "modo de atuação do governo no condicionamento dos financiamentos a ajuda por parte das empreiteiras nas campanhas eleitorais".
Após ressaltar que "qualquer processo de concessão de crédito por parte do banco é baseado exclusivamente nas boas práticas bancárias, com critérios impessoais e técnicos", a nota do BNDES garante que "todas as ações, tanto do banco quanto de seu presidente (Luciano Coutinho), sempre foram pautadas pela lisura e pelo estrito cumprimento pleno das disposições legais e regras da própria instituição".
"O BNDES rechaça insinuações de que tenha concedido vantagem ou sofrido influência indevida de quem quer que seja para conceder apoio financeiro a qualquer empresa. Os financiamentos do BNDES passam por dezenas de técnicos e órgãos colegiados, e não existem operações secretas no banco: todos os financiamentos, nacionais e internacionais, estão disponíveis para consulta pela internet por qualquer cidadão. Em consequência deste rigor, o BNDES tem a menor taxa de inadimplência do Sistema Financeiro Nacional, público ou privado", conclui a nota..