Em delação premiada, o senador Delcídio Amaral (PT-MS) afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro Antonio Palocci atuaram na compra do silêncio do operador do mensalão, Marcos Valério Fernandes de Souza. O senador sustentou que foi prometido o pagamento de uma quantia de R$ 220 milhões. Valério foi condenado no julgamento do mensalão no STF, em 2012, e considerado o operador do esquema. Segundo Delcídio, a promessa foi feita a Valério por Paulo Okamoto, atual presidente do Instituto Lula.
"Delcídio diz que o silêncio de Marcos Valério seria comprado por R$ 220 milhões. Como seria possível alguém pagar R$ 220 milhões em dinheiro sem deixar rastro? Para transportar essa quantia, ele precisaria de uns 20 caminhões. Não faz sentido. Nem mentir direito esse pessoal consegue", diz o advogado.
Em 14 de fevereiro de 2006, segundo o ex-líder do governo no Senado, ocorreu uma reunião em Brasília para tratar do pagamento do valor.
Segundo a delação de Delcídio, Palocci afirmou, na ligação, que "o Lula estava injuriado com ele em razão do teor da conversa". Além disso, Palocci disse que "estaria, a partir daquele momento, assumindo a responsabilidade pelo pagamento da dívida"..