"Em nenhum momento desses (outras crises) do passado se criou um abismo entre os brasileiros", afirmou o ministro nesta quarta-feira, 16. Ele também fez críticas ao Judiciário. "Se a política tem defeitos, se ela sofre processo de degradação, precisa ser corrigida e não substituída por aqueles que pensam que podem substituir a política pela toga", disse.
Rebelo mostrou surpresa quando questionado sobre a possibilidade de o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, deixar o governo. "Não posso comentar sobre a situação de outro ministro, nós não conversamos sobre isso", disse.
Aos parlamentares no evento, ele afirmou que faz a leitura do Brasil pelo que deu errado e rebateu críticas de deputados ao afirmar que o País "não é um fracasso civilizatório, onde tudo é corrupto". Ele, inclusive, listou o que considera os pontos fortes do País: "Somos a sétima economia do mundo, os primeiros em agricultura e pecuária, temos uma indústria aeronáutica das mais modernas", relatou.
Ele afirmou, em vários trechos de seu discurso, que os interesses que orientam o País não podem ser divididos pelas "querelas" das disputas partidárias e ideológicas.
"Não divida o País entre esquerda e direita que o interesse nacional desaparece. No Código Florestal dividimos o País entre os interesses nacionais e os não nacionais. Dividir o País entre pró-isso e pró-aquilo só levanta poeira", argumentou.
Rebelo comentou que seu discurso não tentava minimizar os interesses partidários e políticos e que ele os considera como necessários e legítimos.
"Os governos até mudam, mas as acusações permanecem alterando apenas quem as faz e aqueles que delas se defendem. É preciso ter tranquilidade. Cada um deve cumprir seu papel", disse.
Rebelo defendeu que em um País democrático não se pode viver sem situação e oposição e classificou a oposição como legítima. "Só não se pode superar o interesse nacional, esse não é passageiro, é permanente", ressaltou..