"É uma vitória de Pirro (vitória obtida a alto preço), um gesto para tentar abafar a importância do evento de domingo. É criar um factoide para tentar desviar a discussão, mas o recado das ruas foi de defesa do impeachment", disse o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), para quem o ex-presidente assumiu o cargo para "se esconder" da força tarefa da Operação Lava Jato. "É um abraço dos afogados", acusou.
Caiado destacou que parlamentares do partido vão recorrer à Justiça para barrar a indicação de Lula para a Casa Civil. "Esse gesto vai ter ainda um outro desdobramento, que será a reação da população brasileira ao governo que não está respeitando a crise instalada no País, cujo único objetivo é a manutenção de poder", completou.
O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), disse que a mudança significa um "autogolpe". "É a decretação do fim do governo", criticou. Para ele, a oposição terá como único objetivo retirar a presidente do Palácio do Planalto e que, com Lula na Casa Civil, não haverá trégua da oposição. O tucano disse que Lula deverá apelar para um populismo fiscal a fim de dar um fôlego para o mandato de Dilma.
Para o vice-líder do PSDB no Senado, Paulo Bauer (SC), a nomeação de Lula será uma tentativa "em vão" de salvar o governo.