"A presença do presidente Lula vai mudar radicalmente e dar uma guinada à esquerda no governo. Essa é a motivação dele", disse o dirigente à reportagem. Segundo Vagner, as mudanças ocorrerão "fundamentalmente" na política econômica.
"O presidente Lula não poder ser apenas mais um ministro. Dilma vai continuar governando o País utilizando a sabedoria dele. A presidente precisa de ajuda. Ela não está sendo destituída do cargo. Só uma grande mulher pode fazer o que ela fez", diz Freitas.
Na sexta-feira, 18, ele e Lula devem participar juntos na Avenida Paulista no ato contra o impeachment. O ex-presidente decidiu nesta quarta-feira assumir a Casa Civil no lugar de Jaques Wagner. "Só quem não conhece a trajetória do presidente Lula pode achar que ele aceitaria o cargo para ter foro privilegiado", afirma o sindicalista.
O sindicalista avalia, ainda, que a agenda do ajuste fiscal ficará em segundo plano e que a reforma da Previdência não sairá do papel. "A reforma da Previdência é a pauta mais tresloucada que o governo Dilma poderia ter trazido nesse momento, com o governo tendo baixíssima credibilidade e sendo atacado por todos lados".