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Estado de Minas

Oposição protocola na PGR pedido de investigação e prisão de Mercadante


postado em 16/03/2016 17:07

Brasília, 16, 16 - Partidos de oposição protocolaram na tarde desta quarta-feira, 16, na Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido para que sejam investigados atos ilícitos do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e para que seja decretada sua prisão preventiva.

No acordo de delação premiada, homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o senador Delcídio Amaral (MS) afirmou que o ex-chefe da Casa Civil do governo Dilma e atual ministro da Educação prometeu dinheiro e ajuda para que Delcídio deixasse a prisão e escapasse do processo de cassação de mandato no Senado. Os oposicionistas consideram que Mercadante agiu como Delcídio ao tentar obstruir a Justiça.

Em entrevista coletiva nesta tarde, a presidente Dilma Rousseff saiu em defesa do ministro. A presidente avaliou que Mercadante deu explicações satisfatórias e que ele não quis impedir as investigações.

ONU

Também nesta tarde, o deputado Betinho Gomes (PSDB-PE) anunciou que entrará com denúncia nas Nações Unidas contra o governo brasileiro assim que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva for nomeado oficialmente ministro-chefe da Casa Civil. Para o tucano, o País feriu a convenção de 2003 da ONU para combate à corrupção. O parlamentar afirma que, ao nomear o ex-presidente ministro, o objetivo do governo é obstruir investigação judicial.

Partidos de oposição passaram o dia condenando a nomeação de Lula. "No nosso entendimento, a presidente Dilma, com esta atitude desesperada, almeja blindar o seu antecessor na Presidência da mira da Polícia e do juiz da esfera federal Sergio Moro, responsável pelo comando dos julgamentos dos crimes identificados na Operação Lava Jato, fazendo com que as investigações em pauta voltem a ser realizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), onde Lula, na qualidade de ministro, passa a ter foro privilegiado, mesmo que represente o esvaziamento de sua força presidencial, tornando-a uma governante meramente figurativa, um arremedo presidencial", diz a nota do presidente do Solidariedade, deputado Paulo Pereira da Silva (SP).


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