A Polícia Militar negociou com os manifestantes para que pudessem liberar a pista. Os manifestantes cantaram o hino nacional e entoaram gritos para mostrar que pretendem dar sequência aos atos. "Amanhã vai ser maior", bradavam.
Às 20h, o Batalhão de Trânsito fechou todas as vias de acesso à Praça da Liberdade, quando o espaço foi tomado pela multidão. Entre os manifestantes, o médico Marcelo Arantes que, depois de ler sobre a ligação em que Dilma fala para Lula da nomeação, resolveu sair às ruas para protestar. "Ou ela sai ou o Brasil para", afirmou. Na porta do Palácio da Liberdade, os manifestantes estenderam o protesto ao governador Fernando Pimentel. "Pimentel, pode esperar. Sua hora vai chegar", gritam.
Os protestos impactaram em todo o trânsito da região. Por volta das 20h, formaram-se congestionamentos na Avenida do Contorno, Avenida Getúlio Vargas e nas ruas Alagoas e Professor Morais. Os manifestantes tentaram ir para a Praça Sete, no Centro, mas a PM negociou para que voltassem para a Praça da Liberdade. Com o aumento no número de manifestantes, o efetivo da polícia foi reforçado. Mais viaturas chegaram ao local.
As manifestações se estendem para outras partes da cidade. Às 20h45, muitos moradores saíram às sacadas dos prédios no bairro Anchieta para bater panelas em protesto à nomeação de Lula como ministro. Na Savassi, buzinaço e panelaço demonstravam a insatisfação com o novo ministro.
Por volta das 22h, os manifestantes ocuparam a rua Professor Morais, entre a Avenida do Contorno e a Avenida Getúlio
Vargas, no Bairro Funcionários. Os manifestantes, que estavam na Praça da Liberdade, vieram da Praça da Savassi.
INTERIOR Os protestos conta a nomeação do ex-presidente Lula para ministro da Casa Civil também se expandiram para o interior de Minas. Em Araxá, no Alto Paranaíba, os manifestantes percorreram várias avenidas da cidade e simularam uma cela para encenar a prisão do ex-presidente. Além disso, faixas de apoio ao trabalho da Polícia Federal de do Ministério Público foram estendidas. Motoristas que trafegavam pelos locais da passeata fizeram “buzinaço”.
Já em Juiz de Fora, na Zona da Mata, um grupo se reuniu em uma das principais da cidade, a Barão do Rio Branco, na altura do Parque Halfeld. Os manifestantes fecharam uma parte da via com pneus queimados e a pista destinada a circulação exclusiva de ônibus ficou parcialmente interditada por de uma hora.