O ato acontece após a divulgação de um áudio em que a presidente Dilma negocia com Lula o envio do termo de nomeação para que ele assine e se livre de um eventual mandado de prisão. A gravação revela que a nomeação do ex-presidente para o comando da Casa Civil pode ter sido uma manobra para que ele ganhasse foro privilegiado e a investigação contra ele na Operação Lava-Jato passasse para o Supremo Tribunal Federal.
Perto das 21h, o grupo começou a deixar o local. Alguns manifestantes, no entanto, seguiram em direção ao Congresso Nacional. Impedidos pela polícia legislativa de subir a rampa do prédio, eles se concentraram no gramado, mas a polícia atirou bombas de efeito moral para dispersá-los. O ato teve fim por volta das 22h.
O protesto foi organizado por entidades pró-impeachment, entre elas o Movimento Brasil Livre. Parlamentares de oposição também participaram da manifestação. Eles teriam, inclusive, tentado iniciar a manifestação, mas, barrados pela segurança, voltaram ao Congresso Nacional e só retornaram com a chegada de mais manifestantes.
Por conta do protesto, o trânsito chegou a ser interrompido na Esplanada dos Ministérios.
Na Esplanada, um protesto contra a nomeação de Lula reuniu cerca de 2,5 mil pessoas – segundo os organizadores – em frente ao Palácio do Planalto. Também foram registrados panelaços em outras cidades do país. Em Belo Horizonte, muitos moradores saíram às sacadas dos prédios nos bairros Anchieta e Funcionários para bater panelas em protesto à nomeação de Lula como ministro.
Já em Recife, há informações de panelaço em bairros como Rosarinho, Jaqueira, Aflitos, Boa Viagem, Setúbal, nas zonas norte e sul da capital pernambucana. Há registros ainda de panelaços em Salvador, Goiânia e Rio de Janeiro.
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