Segundo o site, em despacho às 11h12 desta quarta-feira, Moro determina que a PF seja comunicada da decisão "com urgência, inclusive por telefone". Neste despacho, Moro disse não haver mais necessidade de interceptar ligações, pois as ações de busca e apreensão da 24ª fase da Lava-Jato já tinham sido realizadas.
Às 11h44, em outro despacho, a diretora de Secretaria da 13ª Vara Federal de Curitiba Flavia Cecília Maceno Blanco escreve que informou um delegado da PF sobre a decisão de Moro.
"Certifico que intimei por telefone o delegado de Polícia Federal, Dr. Luciano Flores de Lima, a respeito da decisão proferida no evento 112", diz o documento. O evento 112 refere à decisão de interromper as interceptações telefônicas do ex-presidente.
Em nota, a Polícia Federal informou que foram interceptadas ligações após a notificação à companhia telefônica e que o relatório foi enviado ao juiz Moro.
A conversa entre Lula e Dilma foi gravada pela Polícia Federal às 13h32, segundo consta em relatório encaminhado ao juiz. No diálogo, Dilma informa a Lula que está enviando a ele o "termo de posse" para que ele utilize o documento "em caso de necessidade".
Luciano Flores de Lima, o delegado que foi avisado pela manhã do fim do grampo, é o que manda juntar nos autos o áudio feito às 13h32. Também é o mesmo que interrogou Lula no dia 4 deste mês.
A interpretação da força-tarefa envolvida na operação Lava-Jato é de que Lula foi nomeado ministro como forma de escapar de um suposto pedido de prisão feito pelo juiz Sérgio Moro.