Cunha acredita que "a comissão é apenas um estágio do processo". "Qualquer que seja o resultado da comissão, vai ser submetido ao voto em plenário. E o plenário, se decidir que vai acatar ou não a denúncia, vai decidir soberanamente. Há uma consciência hoje de que a comissão é um mero rito de passagem", disse Cunha.
Para o presidente da Casa, a comoção e a manifestação popular podem influenciar o posicionamento dos parlamentares. "A Casa tem que estar sempre em sintonia (com o processo das ruas). Claro que a decisão vai ser técnica e política, mas aquele que exerce um mandato popular sempre se influencia de uma certa forma."
Sobre as vagas determinadas para o PMDB na comissão, Cunha disse que "a divisão está explícita" entre alas pró e contra o governo, mas que "pelo menos foi encontrada uma forma de colocar os dois lados". Os peemedebistas possuem oito vagas na comissão especial, que é o maior número entre os 65 deputados, junto com o PT.
Na lista do PMDB, a ala governista terá maioria, com cinco das oito vagas que a legenda terá direito a indicar para o colegiado.