O advogado gaúcho Enio Meregalli Júnior, morador de Osório (RS), foi o autor da ação que impede a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil. A liminar concedida pelo juiz federal Itagiba Catta Preta, é em favor do advogado, que se identifica como “cidadão comum no exercício de seu direito”. “Fiz meu papel”, diz. Segundo ele, a ação foi impetrada na noite de quarta-feira.

Com discrição, o advogado elogia o juiz federal. “O mérito é dele”. Ele pretende continuar o processo, caso haja algum recurso que derrube a liminar. “Fiquei feliz com a liminar. Acredito ser um primeiro passo para a moralização. Vou levar à frente a ação e quero conversar com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) nacional”, afirma.

Meregalli sustenta que a posse de Lula seria contra o princípio da moralidade no direito administrativo. “Lula está tentando escapar de uma investigação, não em detrimento do STF (Supremo Tribunal Federal), mas ele sabe que a mão pesada do Moro iria buscá-lo”, diz. Formado em 2006 pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Meregalli, que é especialista em direito civil e tributário, diz não ter qualquer vínculo partidário..