Câmara elege deputados que vão analisar impeachment da presidente Dilma

Presidente terá 10 sessões para defesa após colegiado ser instalado. Eduardo Cunha marcou instalação da comissão para a noite de hoje, às 19 horas

Estado de Minas
Foi eleita na tarde desta quinta-feira (17), na Câmara dos Deputados a chapa que comporá a comissão especial do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
A votação terminou com 433 votos a favor dos 65 membros indicados e 1 contra, do deputado José Airton (PT-CE). Está prevista para as 17 horas uma reunião de líderes de partidos antes da instalação da comissão especial e da eleição do presidente e do relator dos trabalhos.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que o impeachment tramitará da forma “mais célere possível”, como deve ser um “processo dessa gravidade”. O parlamentar garantiu ainda que estará na Casa nas segundas e sextas-feiras para ajudar a alcançar o quórum mínimo necessário para a abertura de sessão.

A instalação deve acontecer entre 18 e 19 horas. Com isso, a Câmara notificará Dilma da abertura do processo. Ela terá dez dias para apresentar a defesa ao colegiado. Durante a votação, os ânimos no plenário da Casa começam a se acirrar. Discursos de deputados da base aliada eram acompanhados aos gritos de “Fora, Dilma”, da oposição.
Quando os opositores de Dilma se pronunciavam, os brados eram de “Não vai ter golpe”.

O presidente da Câmara lamentou que o rito de impeachment tenha sido judicializado, mas pediu serenidade. “É importante sabermos a gravidade do momento”, disse. Pela proporcionalidade das bancadas, PT e PMDB serão os dois partidos com mais integrantes na comissão, 8 cada. O PSDB terá 6 representantes.

Cunha também anunciou que está convocada para as 19h desta quinta uma sessão em um dos plenários das comissões para a eleição de presidente e relator da comissão do impeachment. Segundo o presidente da Câmara, 45 dias é um “prazo razoável” para concluir toda a tramitação do processo de impeachment na Casa..