A crise política no Brasil ganhou maior repercursão internacional com o fim do sigilo das investigações a respeito do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na 24ª fase Operação Lava Jato, a nomeação do ex-presidente ao cargo de ministro-chefe da Casa Civil e a liminar que suspendeu a decisão da presidenta Dilma Rousseff, logo após a posse oficial.
Confira as manchetes de diferentes veículos estrangeiros:
Argentina
CLARÍN. O jornal argentino Clarín ressaltou a rapidez com que o juiz Itagiba Catta Preta Neto suspendeu a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao cargo de ministro da Casa Civil. A liminar foi concedida cerca de 40 minutos depois da cerimônia de posse. A matéria de destaque também relata a movimentação do lado de fora do Palácio do Planalto, onde um comboio policial impediu que centenas de manifestantes avançassem rumo ao Palácio do Planalto, onde já havia um grupo de defensores do governo composto por militantes do Partido dos Trabalhadores e da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
No Twitter, o Clarín reproduziu uma frase célebre de Lula em 1988 falando sobre quem virava ministro no país:
Lula, en 1988: %u201CUn pobre roba y va a la cárcel; un rico roba y se convierte en ministro" https://t.co/VDSIjNfPEm pic.twitter.com/oQ7oS3Xgq0
%u2014 Mundo Clarín (@MundoClarin) 17 de março de 2016
PÁGINA 12. O periódico reiterou, em sua manchete principal, parte do anúncio da presidenta Dilma Rousseff de que estava trazendo "ao governo o maior líder que o país já teve". Em outro ponto, o jornal destaca a reclamação da presidenta de que o vazamento do áudio entre ela e Lula violam as garantias constitucionais da Presidência da República.
Estados Unidos
NEW YORK TIMES. Em plena corrida presidencial americana, o New York Times deu pouco espaço à crise política no Brasil em seu site. A editoria Mundo, contudo, chegou a citar a nomeação de Lula como ministro-chefe da Casa Civil como uma forma de protegê-lo das investigações. No Facebook, entretanto, o perfil lançou uma questão: "O que a indicação de Lula como ministro-chefe significa para o Brasil? A postagem teve mais de 3 mil curtidas e 600 compartilhamentos.
HUFFINGTON POST. O Huffington Post não comentou a decisão do juiz, mas reproduziu matéria da filiada no Brasil em que chama a nomeação de Lula como "o início do terceiro mandato de Lula e a queda de Dilma".
THE GUARDIAN. O The Guardian repercurtiu os protestos da noite de quarta-feira após a divulgação da conversa grampeada entre Dilma e Lula. Em vídeo, o jornal mostra manifestantes ocupando a Avenida Paulista em São Paulo:
How a secretly recorded phone call could bring down the Brazil...
Espanha
EL PAÍS. O periódico também trouxe como chamada principal a ordem do juiz federal que anulou a nomeação do ex-presidente Lula. "O juiz Itagiba Catta Preta Neto, do Tribunal Federal de Brasília, teme que a nomeação de Lula, sobre quem pesam acusações de corrupação, obstruam as investigações judiciais", comentou o jornal.
França
LE MONDE. O site do jornal francês Le Monde destaca em sua página inicial uma seção especial dedicada à crise política brasileira. Um dos principais veículos de comunicação da França exibe a manchete "Lula, citado em um escândalo de corrupção, entra no governo Rousseff" e também "As escutas telefônicas entre Lula e Rousseff que inflamaram o Brasil".
Les écoutes téléphoniques entre #Lula et #Rousseff qui enflamment le #Brésil https://t.co/9XNikVm25Z pic.twitter.com/KEeCEoKEEJ
%u2014 Le Monde (@lemondefr) 17 de março de 2016
LIBÉRATION. O periódico francês Libération comentou os protestos ocorridos na noite de quarta-feira (16): "Brasil em cólera após uma escuta telefônica constrangedora para a presidente".
Le Brésil en colère après une écoute téléphonique embarrassante pour la présidente https://t.co/6bx18hBDd5 pic.twitter.com/xzxBP3pdMw
%u2014 Libération (@libe) 17 de março de 2016
Alemanha
DIE WELT. O Jornal alemão Die Welt descreve a ligação entre Lula e Dilma interceptada pela Polícia Federal como uma “conversa entre amigos” que jogou o país em crise. Reportagem informa que a presidenta aponta razões políticas por trás das denúncias e chama a atenção para as manifestações nas ruas de cidades brasileiras, especialmente Brasília e São Paulo.
"Tschüss Liebste": Geheimes Telefonat stürzt Brasilien in Krise https://t.co/IxvDSn96Ip pic.twitter.com/gqfw0Hl2I1
%u2014 DIE WELT (@welt) 17 de março de 2016