Brasília, 17 - O ministro da Secretaria de Aviação Civil, Mauro Lopes (PMDB-RJ), chegou nesta quinta, 17, no Palácio do Planalto para uma conversa com o ministro chefe de gabinete da Presidência, Jaques Wagner. Lopes é alvo de duras críticas de integrantes de seu partido por ter desrespeitado a moção que proibiu por 30 dias o ingresso em novos cargos no governo.
Mais cedo, em nota, o ex-ministro dos Portos, atual deputado federal pelo PMDB paulista, Edinho Araújo, pediu a expulsão de Lopes da sigla. "Manifesto à instância partidária pela imediata expulsão do referido deputado dos quadros do PMDB. Que se instale no âmbito do partido uma Comissão de Ética para avaliar e decidir. Que o afastamento do deputado possa servir de exemplo para aqueles, apenas preocupados com cargos e empregos", diz.
A ausência de caciques peemedebistas na posse de Lopes hoje foi mais um sinal de que o PMDB está ensaiando o desembarque do governo da presidente Dilma.
A justificativa dada por assessores do presidente da legenda e vice-presidente da República, Michel Temer, para sua ausência é que a posse de Mauro Lopes era "afronta" à decisão da convenção nacional do PMDB.
"Avisos reiterados foram enviados ao Palácio, que decidiu ignorá-los", diz a assessoria do vice-presidente da República, que informa ainda que, a partir da amanhã, o PMDB irá analisar o processo de expulsão do deputado. Integrantes da cúpula do partido consideraram um desrespeito a decisão da presidente em nomear o deputado.