Ambos são conhecidos como aliados do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), responsável por deflagrar o processo de impeachment contra Dilma. Ontem, inclusive, Cunha se reuniu com membros do PSDB e do DEM, ocasião em que o grupo contrário ao governo decidiu sugerir Rosso e Jovair como seus candidatos à liderança do colegiado. Com o acordo do governo e da base aliada em optar pelos mesmos nomes da oposição, eles devem ser eleitos hoje. Para o líder do governo na Casa, José Guimarães (PT-CE), a decisão "visa a estabilidade do País".
Ao ser questionado sobre a aproximação dos dois candidatos com Cunha, Guimarães disse que o processo segue a normalidade. "Eu me reúno com tanta gente aqui, com o Cunha, com todos eles, portanto isso não é problema nenhum.
A decisão de acordo não foi unânime, o vice-líder do governo, Sílvio Costa (PTdoB-PE), discutiu com os parlamentares. "É melhor perder do que ganhar sem ganhar", disse o vice-líder sobre o acordo que estava sendo costurado. Em seguida, ele saiu da reunião. Nos bastidores, alguns deputados disseram que ele havia se oferecido para ser o relator da comissão, o que foi negado pelos demais. Um dos membros da base aliada afirmou que neste momento é preciso colocar "bombeiros" na liderança da comissão, e não "incendiários" como Sílvio.
Entre os participantes do encontro estavam o líder do PMDB, Leonardo do Picciani (RJ), o líder do PR, Maurício Quintella (AL) e o líder do PP, Aguinaldo Ribeiro (PB). A instalação da comissão especial estava marcada para hoje às 19h, com a definição do presidente e do relator do colegiado..