A quinta-feira foi de protestos em Belo Horizonte, durante quase todo o dia e parte da noite, de pessoas contrárias à decisão da presidente Dilma Rousseff (PT) de indicar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil. Mesmo antes da cerimônia de posse do ex-presidente no Palácio do Planalto, em Brasília, que aconteceu pela manhã, estudantes já manifestavam na Região Centro-Sul da capital e, durante o ato de nomeação, o panelaço foi geral pela cidade. Mas foi no fim do dia que a insatisfação com a troca de cadeiras no primeiro escalão da Presidência ficou ainda mais evidente. Milhares de pessoas ocuparam a Praça da Liberdade gritando palavras de ordem contra os petistas.
No início da noite, os manifestantes formaram um rio de pessoas com bandeiras nacionais e camisas verde-amarelas que inundou a Praça da Liberdade e caminhou pelas ruas da Região Centro-Sul. Os principais alvos foram a presidente Dilma e o ex-presidente Lula, mas o nome do governador, Fernando Pimentel, que é do mesmo partido, também foi lembrado e a promessa deles é de que hoje o ato será maior. A Polícia Militar não fechou uma estimativa de presentes. Organizadores chegaram a estimar mais de 10 mil. Ao todo, os manifestantes percorreram cerca de nove quilômetros, saindo da Praça da Liberdade e passando pelas avenidas Afonso Pena, Brasil, Cristóvão Colombo, Getúlio Vargas e João Pinheiro, e nas praças 7, da Liberdade e da Savassi.
No caminho desse movimento, motoristas buzinavam em apoio, mesmo aqueles que acabaram retidos pelos engarrafamentos provocados pelo deslocamento do protesto.
Confira como foi a cobertura em tempo real da manifestação
Estudantes Pela manhã, a manifestação ocorreu no cruzamento das avenidas Brasil e Afonso Pena, no Bairro Funcionários (Centro-Sul). Cerca de 200 estudantes da Faculdade Ibmec deixaram a sala de aula, munidos de faixas, cartazes, bandeiras do Brasil e mensagens contra a decisão da presidente Dilma. O apitaço e os gritos de palavras de ordem dos jovens ganharam apoio de muitas buzinas de carros que passavam pelas duas avenidas e também serviram para reunir pedestres e moradores que passavam pelo local. O grupo percorreu ruas do Funcionários passando também pelas praças da Savassi e da Liberdade, antes de terminar com um pequeno protesto na Praça Sete.