No recurso, a AGU alegou “ausência de imparcialidade objetiva” do juiz federal Itagiba Catta Preta Neto, da Seção Judiciária Federal do Distrito Federal. Para o ministro-chefe da AGU, José Eduardo Cardozo não houve ilegalidade no ato da presidenta Dilma em nomear Lula ministro. “O nosso entendimento é de que a nomeação se deu em estrita conformidade com a lei e não há nenhum obstáculo a que efetivamente a nomeação fosse feita. Esse posicionamento servirá na defesa que faremos do ato”, disse Cardozo. Apesar da liminar, Cardozo afirmou que Lula segue como ministro. “A liminar serviu para a sustação do efeito da posse, mas o cargo de ministro está provido”, explicou.
Suspensão
Na noite de ontem, a AGU divulgou ter identificado mais de 20 ações em varas da Justiça Federal nas cinco regiões do país com questionamentos à posse de Lula na Casa Civil do governo. Com base nesse fato e para assegurar a “segurança jurídica”, o advogado-geral da União pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão de todas as ações sobre o tema até que a Corte dê a palavra final sobre o caso.