Segundo ele, o partido apresentou desde o início uma posição muito clara, que é o compromisso em pôr fim à crise econômica. "Desde o primeiro momento em sua convenção, o PMDB tem dito que não quer entregar o Brasil para a crise", alegou.
Por outro lado, Eunício argumenta que é preciso analisar todos os movimentos antes de tomar partido. "Não é uma defesa de A ou de B. Tem que se avaliar o que vai acontecer na Câmara, onde o processo de impeachment está sendo instalado. Temos que acompanhar isso", afirmou. Na convenção, realizada no último dia 12, o partido decidiu aguardar 30 dias até tomar uma decisão definitiva sobre manter o apoio à presidente. No mesmo período, o PMDB não deveria assumir cargos no governo.
Após reunião na manhã desta quinta-feira, 17, no gabinete do senador Aécio Neves (PSDB-MG), a oposição decidiu que a estratégia agora será cobrar que o PMDB assuma uma posição para fortalecer o processo de impeachment.
Segundo o líder do PSDB, Cássio Cunha Lima (PB), já chegou a hora de o PMDB se manifestar. Ele afirmou que a oposição vai cobrar atitudes do partido, tanto em conversas privadas, como no plenário.
Ausências
Eunício é um dos membros da cúpula do PMDB que não compareceram hoje à cerimônia de posse de Lula como ministro-chefe da Casa Civil, assim como o vice-presidente Michel Temer, o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), e o senador Romero Jucá (RR). O grupo se reuniu na noite desta quarta-feira na residência oficial do presidente do Senado e concluiu que não era oportuno participar do evento.
Enquanto Temer e Jucá voltaram para seus Estados, Eunício permaneceu em Brasília, onde mora, mas não deu explicações claras para não comparecer à posse. Ele alegou que tinha outros compromisso e que, de fato, não participa de todas as cerimônias..