Cerca de 3 mil pessoas são esperadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) de Minas Gerais para participar do ato em defesa da democracia previsto para às 16h desta sexta-feira em Belo Horizonte. Mais de 50 ônibus com trabalhadores de todas as regiões do estado já chegaram, segundo os coordenadores do movimento. Os manifestantes desembarcaram na porta do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), na Avenida Afonso Pena, Bairro Cruzeiro, Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Antes do ato com concentração marcada para a Praça Afonso Arinos, no Centro, os trabalhadores rurais participam de uma assembleia na sede do Incra sobre os rumos da reforma agrária. "Na parte da tarde vamos somar com a classe trabalhadora em um protesto pela democracia e contra o golpe", diz Cristiano Meireles, um dos coordenadores do MST.
Michelle Capuchinho, que também é coordenadora, diz que a presidente Dilma Rousseff foi eleita para um mandato de quatro anos, mas uma parcela da sociedade não permite que ela governe. "Também temos críticas ao governo federal, mas entendemos que o que está acontecendo é uma tentativa de golpe. É importante dizer que também somos contra a lei antiterrorismo sancionada ontem, que criminaliza os movimentos sociais", afirma. A assembleia no Incra está prevista para durar até meio dia. Depois, os trabalhadores almoçam e descem a Avenida Afonso Pena em marcha até a Praça Afonso Arinos, onde será a concentração da manifestação.