Membro do diretório regional do PMDB do Distrito Federal, a secretária-geral do Conselho de Ética, Rose Rainha, foi escolhida relatora dos 11 processos contra Mauro Lopes. De acordo com o presidente do colegiado, Eduardo Krause, do diretório regional do Rio Grande do Sul, Rose será responsável por elaborar um parecer no qual pedirá ou não a expulsão do parlamentar. O parecer, então, deverá ser encaminhado para a Executiva Nacional do partido, a quem caberá a decisão final.
O presidente do Conselho de Ética do PMDB afirmou que Mauro Lopes deverá ser notificado oficialmente das denúncias na segunda ou terça-feira da próxima semana. A partir daí, o parlamentar mineiro terá até 10 dias para apresentar sua defesa junto ao colegiado e à Executiva Nacional. De acordo com Krause, o objetivo do colegiado é concluir o julgamento do caso do ministro da SAC "o quanto antes". A previsão do dirigente é de que tudo esteja concluído em 20 dias.
Para que pudesse receber oficialmente as denúncias contra o novo ministro da SAC, o Conselho de Ética do PMDB teve de eleger antes seu presidente e secretária geral. Isso porque o regimento interno do partido estabelece que, após cada convenção nacional do partido, a direção do colegiado deve ser renovada.
A expulsão do parlamentar mineiro por ter descumprido a determinação do partido tem sido defendida pela cúpula do PMDB. Presidencial nacional da legenda e vice-presidente da República, Michel Temer não compareceu à posse de Lopes como ministro-chefe da SAC nessa quinta-feira, 17, no Palácio do Planalto. Em nota, Temer afirmou que o governo cometeu uma "afronta" com o PMDB ao nomear o deputado mesmo ciente da moção que proibiu peemedebistas de assumirem cargos no Executivo.
Apesar da pressão, Mauro Lopes afirma estar tranquilo e diz não acreditar que será expulso do partido. Para o ministro da SAC, é normal que isso acontecesse dentro do PMDB, por ser um partido grande e plural. Ele argumenta que não descumpriu determinação do partido, pois a negociação para que assumisse a Aviação Civil começou antes de a moção ser aprovada e a Pasta sempre fez parte da cota política do PMDB..