"As situações são bem diferentes porque lá era o presidente que grampeava todo mundo. Este exemplo só mostra que nem mesmo um presidente pode grampear (ligações) sem autorização", afirmou, durante evento de entrega de residências do programa Minha Casa, Minha Vida, em Feira de Santana (BA).
Dilma afirmou que o grampo da Presidência da República, sem autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), é um fato grave e fere a Lei de Segurança Nacional, como ocorre em todas os países democráticos. "O problema do grampo não é por ser comigo, a Dilma, mas por eu ser a Presidenta do Brasil", destacou, afirmando que tomará as providências cabíveis de modo a garantir também os direitos individuais de toda a população. "Qualquer brasileiro tem direito às mesmas garantias e proteção", disse. "Se qualquer um for grampeado, ninguém terá direito de cidadania no País", acrescentou.
Dilma relembrou que apesar de ocupar a cadeira da Presidência atualmente, chegou a ser presa por três anos durante a década de 1970. "Hoje, qualquer um pode ir às ruas, criticar, dizer o que pensa e se expressar livremente", afirmou, defendendo a manutenção dos valores democráticos e criticando a politização de instituições jurídicas e policiais.