A manifestação pró-governo, marcada em Brasília por movimentos sociais, começou por volta das 17h e ocupa toda a calçada entre o Museu Nacional da República e a Biblioteca Nacional, um dos primeiros prédios da Esplanada dos Ministérios. Gilberto Carvalho, ex-ministro da secretaria-geral da República, e a deputada federal Érika Kokay (PT-DF) fizeram discursos inflamados contra o processo de impeachment.
Além do carro de som onde ocorrem discursos, há um trio elétrico com apresentações musicais. Os organizadores já falaram na presença de 15 mil pessoas. Segundo a Polícia Militar, até às 19h, haviam entre 2,5 mil e 3 mil pessoas. Diferentemente de ontem, ainda não foi registrado qualquer incidente, apenas apreensões de materiais que pudessem oferecer risco.
"Todos foram revistados. Homens e mulheres. Em toda a Esplanada temos 1.680 homens em caso de necessidade. Apenas na Praça da República (espaço em frente ao Museu) são 500 policiais", relatou o coronel Antônio Carlos, chefe do centro de comunicação social da PM. Segundo ele, o combinado é que o movimento fique na área próxima ao museu. "Solicitamos que o grupo antagônico não viesse se manifestar. Se houvesse desejo de se manifestar, que fosse em outra data e local. Queremos que cada cidadão exerça seu direito constitucional de se manifestar", informou o oficial.
Ele relatou ainda que a PM ficou 31 horas ininterruptas de prontidão na Esplanada, turno que acabou por volta de 1h de hoje. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) deu início, nesta noite, a uma negociação para que o grupo desça a Esplanada até a Praça dos Três Poderes, espaço que separa o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal e o Congresso. A PM tem informações de que um grupo de opositores está próximo ao Planalto e quer evitar que os dois grupos se encontrem.