André Ítalo Rocha, 18 - Em discurso na Avenida Paulista nesta sexta-feira, o ministro-chefe da Casa Civil, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que aceitou o cargo no governo Dilma para ajudar o Brasil. "Faltam dois anos e dez meses para a companheira Dilma encerrar o governo. É tempo suficiente para virar a história desse País e fazer o povo voltar a ser feliz, para gerar mais emprego e mais salário", afirmou.
Lula disse também que quer trabalhar para que possa sentar-se junto daqueles que "têm ódio da gente". "Temos que convencer essas pessoas que democracia é acatar o voto da maioria do povo brasileiro", afirmou.
O ministro contou que, em uma conversa com Dilma Rousseff nesta semana, pediu à presidente para que ela sorria dez vezes por dia e que não fique mal humorada para governar. "É humanamente impossível governar com tranquilidade com a quantidade de desgraça, de provocações e de notícia negativa que ela vê todo dia", afirmou.
"A gente merece paz e a esperança para provar que o esse País vai sobreviver e vai voltar a crescer", disse. Afirmou também que é preciso recuperar a autoestima do povo brasileiro. "Esse País tem o povo mais extraordinário do mundo", disse.
No fim de seu discurso, Lula pediu aos manifestantes para que não aceitem provocações ao voltar para casa. "Quem quiser ficar com raiva que morda o próprio dedo", afirmou.
ENCERRAMENTO Foi encerrado há pouco o ato em defesa do governo de Dilma Rousseff, na Av. Paulista. O término foi anunciado por volta das 21h por lideranças dos movimentos sociais e sindicais, em palanque montado em caminhão posicionado em frente ao parque Trianon. Com isso, os milhares de manifestantes que foram ao local começam a se dispersar.
Segundo os organizadores, cerca de 380 mil pessoas foram ao ato. A Polícia Militar de São Paulo estima em 80 mil pessoas. O ato, que começou por volta das 16h, contou com a presença do ex-presidente e ministro-chefe da Casa Civil, Luiz Inácio Lula da Silva, chegou às 19h, discursou e foi embora às 20h.