"Eu li a entrevista. Achei extremamente lúcida e patriótica. Ele é um estadista. Concordo em gênero, número e grau com o que disse o presidente Fernando Henrique Cardoso", disse Alckmin. Na opinião do governador tucano, o Brasil sairá mais fortalecido do processo de impedimento. "Precisamos virar a página e retomar a esperança", afirmou Alckmin.
Questionado sobre manifestação contra o impeachment realizada na Avenida Paulista na sexta-feira, o tucano elogiou o trabalho da Polícia Militar. "O governo de São Paulo é republicano. A PM fez um trabalho exemplar e não permitiu que houvesse manifestação simultânea de contrários. Demos um exemplo de democracia em São Paulo".
Alckmin conversou com a imprensa na manhã deste domingo depois de votar em uma escola no Morumbi ao lado do empresário João Doria, que disputa sozinho o segundo turno das prévias do PSDB que definirão o nome da sigla na campanha pela Prefeitura de São Paulo.
O secretário de Segurança Pública, Alexandre Morais, que acompanhou o governador, garantiu que o acampamento em defesa do impeachment montado na Avenida Paulista não poderá obstruir as vias.
O grupo está concentrado na calçada em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
O governador minimizou o racha no partido causado pelas prévias e disse que "respeita" a decisão do vereador Andrea Matarazzo, que desistiu do processo e deixou o PSDB na sexta-feira. "Eu respeito a decisão. Agora vamos trabalhar para ampliar a aliança e conversar com a sociedade. Divergências são naturais. Vamos trabalhar (pela unidade)", disse Alckmin.
Candidato único, Doria classificou a disputa interna como "aguerrida" e garantiu que vai procurar os senadores José Serra e Aloysio Nunes, o ex-presidente Henrique Cardoso e o ex-governador Alberto Goldman, que apoiaram Matarazzo no primeiro turno, para dialogar.
"Vou procurar todos eles. Agora temos um único campo: do PSDB. Os princípios do partido serão preservados".