No Facebook há grupos das duas correntes. Um deles é o “Coxinhas da deprê”, que até ontem totalizava 5.162 membros. O objetivo da página, segundo os organizadores, é “mostrar a hipocrisia e os papelões dos coxinhas, o falso moralismo, preconceitos e até discurso de ódio. “Pq (sic) coxinhas não defendem nosso país, mas sim seus interesses pessoais e os interesses da direita golpista que deteve o poder por tantos séculos. Temos que lutar contra o crescimento dessas ideias fascistas, machistas, racistas, misóginas, homofóbicas... E as redes sociais são muito importantes para contrapor a essa onda de retrocessos. Coxinhas aqui NÃO SÃO BEM VINDOS”, diz o texto de abertura do grupo.
Um internauta escreveu: “Interessante como esses coxinhas só falam bobagens. Lula matou a fome sim, se não é reconhecido por burros, pelo menos é reconhecido mundialmente e pela ONU.” Teve gente que defendeu a postura da OAB. “Então, se você é advogado, um presidente que usa seus poderes para esconder um bandido lhe representa? Tenha vergonha de seu juramento se você concorda com o que a Dilma fez, tenha vergonha de seu juramento se você acredita que o PT nada roubou. Tenha vergonha de você mesmo”.
Do outro lado deste campo de batalha virtual, a comunidade “Petralhas corruptos” já recebeu 3.753 curtidas de pessoas que dizem querer o país de volta. Nos posts, áudios de grampos do ex-presidente Lula divulgados na semana passada, matérias negativas para o PT e o governo, além de alguns memes com fotos e falas de petistas. Uma matéria sobre o pagamento de R$ 30 a manifestantes que se deslocaram para o evento de sexta-feira, em apoio ao governo federal e a Lula, deu o que falar. Enquanto um internauta afirmou que todos os sindicatos adotam esse mecanismo nos protestos, uma mulher foi dura: “Bando de vendidos...se vendem por pão com mortadela, farinha, dentadura. Bandido q (sic) apoia bandido, bandido é!!!”.
No Twitter, há contas como a “Coxinha Brasil” – que se diz anticomunista – e traz várias fotos e frases contra o governo e o PT, e a “Tipos de coxinha” e “Petralha sem futuro”, onde são postadas várias frases ironizando quem quer o impeachment de Dilma.
Teatro O debate político chegou à cultura. No sábado, em Belo Horizonte, a apresentação Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 Minutos foi interrompida depois que o ator Cláudio Botelho fez um improviso em cena, sugerindo a prisão do ex-presidente Lula e chamando a presidente Dilma Rousseff de “ladra”. A apresentação marcada para ontem foi cancelada. Ontem, a assessoria de imprensa do cantor informou ao Estado de Minas que Chico Buarque decidiu suspender a autorização para que o ator e diretor usasse suas canções neste ou em qualquer outro espetáculo. Na internet, vários fãs do autor de A banda, Vai passar e Cálice se mostraram indignados. A hashtag #vetachico tomou conta das redes sociais.
“No Fla x Flu, torcedores cerraram o coro #ForaDilma #ForaLula. Perdeu petralhas.”
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“Coxinha que vive estudando pra concurso, mas reclama do Estado inchado”
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“Os Petralhas falaram tanto em golpe e agora nomearam um ministro da Justiça para dar o golpe na Lava-Jato.”
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“Coxinhas em fúria. Um filme estrelado por todos esses queridos brasileiros, que tanto se importam com o Brasil.”
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“Para os petralhas, a Justiça e a PF sempre foram isentos, bastou serem investigados para que tudo não passe de uma grande conspiração.”
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“Vamos comparar tamanho
de manifestações? Ok, a dos
coxinhas foi maior. Mas vamos comparar voto na urna?”
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“Gente que está confiante na negativa da juíza do pedido do promotor coxinha, é bom lembrar aqui é terra de coxinhas no judiciário também.”
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“Manifestação dos coxinhas dia 13 (domingo). Manifestação dos trabalhadores dia 18 (sexta) para atrapalhar os coxinhas que trabalham.”